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Espiritismo e Política

01-10-2014 17:58

Espiritismo e política

Contribuições para a evolução do ser e da sociedade

AYLTON PAIVA
 

Espiritismo e Política

Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?

Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes 

melhorar as instituições, por meios diversos e materiais [...].

(KARDEC, 2013a, q. 573, p. 275.)

 

Haverá alguma relação entre Espiritismo e Política?

 

Esta é uma pergunta que em muitos lugares temos lido e para a qual há sempre uma resposta negativa: Espiritismo nada tem a ver com

Política. No entanto, tais respostas apressadas e, muitas vezes, vazadas em preocupante tom de que seja até “um pecado”, são frutos de desinformação e de preconceitos consagrados.

Sob o aspecto filosófico, o Espiritismo tem a ver e muito com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de

forma justa.

Em sua obra básica, O livro dos espíritos, o Espiritismo consagra 405 questões, ou seja, da pergunta nº 614 à 1019, para tratar das Leis

de Adoração,Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade, e Justiça, Amor e Caridade, da

Perfeição, das Esperanças e Consolações. Tais questões envolvem, portanto, o homem no seu relacionamento com o Criador da vida, com

o planeta em que vive, com seus semelhantes, com as sociedades de que participa. Logo, sob o aspecto filosófico, o Espiritismo apresenta

normas políticas.

O que não se deve, nem se pode é confundir essa visão de política partidária, ou seja, a política aplicada que os homens devem exercitar nos

núcleos, nas agremiações partidárias, com os desvios éticos de pessoas e partidos políticos para aproveitamentos egoísticos, imorais e ilegais.

Tais partidos são resultantes de ideologias, de objetivos, de programas, de estatutos estabelecidos em agrupamentos de determinados

homens que visam, de uma forma ou de outra, realizar normas políticas ideais, ou seja, pretendem a execução na sociedade dos princípios, das normas apresentadas filosoficamente pela Política.

Assim, jamais o Espiritismo, como Doutrina, e o Movimento Espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político em seu

seio, por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão, etc.

Porém, as implicações dos princípios e normas políticas contidas na Terceira Parte — Das Leis Morais — d’O livro dos espíritos, ditado

pelos Espíritos e organizado por Allan Kardec, são muito amplas e profundas na sociedade humana.

Por isso, o espírita deve ser consciente e lúcido na compreensão dessas normas e princípios, a fim de que sua participação na sociedade

seja consentânea com tal visão política, que, necessariamente, impõe exercitar a justiça, o amor e a caridade.

Esse entendimento é necessário ao espírita, pois, conscientemente ou não, ele tem uma prática política, considerando-se que a própria participação na sociedade é uma participação política.
O homem, por sua natureza, é um ser social: associa-se aos seus semelhantes para criar os bens necessários ao seu desenvolvimento.

Entre esses bens, alguns lhes são garantidos pelo agrupamento doméstico, outros são colocados em disponibilidade por outras instituições,

também por ele criadas, a fim de satisfazerem suas necessidades de natureza social, econômica, cultural e religiosa, como a escola, a empresa, o clube, a igreja, etc.

Daí a afirmação de Aristóteles: “O homem é um animal político”.
O Espiritismo demonstra, também, em sua obra básica já citada, a necessidade da participação do homem na sociedade, pois o homem

tem que progredir, e isolado ele não tem condições disso, já que seu progresso depende dos bens que lhe são oferecidos pela família, pela

escola, pela religião e demais agências sociais. Por isso os homens dependem uns dos outros, foram criados para viver em sociedade e não

isolados.

Assim, as pessoas, as famílias e as instituições sociais necessitam da paz baseada na justiça, na ordem e na segurança e de condições para

a realização do bem comum. Para tanto, os homens associam-se em entidades mais amplas, gerando a sociedade política, personificada no Estado que, dessa forma, se torna o responsável pelo bem de todas as pessoas.

 

Ação espírita e Política

Para progredir, o homem precisa da sociedade. O progresso não é o mesmo para todos, então os mais adiantados devem ajudar o progresso

dos outros por meio do contato social.

Esse auxílio, essa participação é uma ação política, embora possa não ser (e na maioria das vezes não o é) uma ação político-partidária.

Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos princípios expressos pelo aspecto filosófico do Espiritismo, que levam a amar e, nesse caso, amar é desejar o bem. Logo, a exteriorização política do amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos.

Alerta-nos o Espiritismo que o progresso intelectual realizado até o presente, em larga escala, é um grande avanço e assinala uma primeira

fase de desenvolvimento da humanidade, sendo impotente, porém, para regenerá-la. Enquanto o homem estiver dominado pelo orgulho e

pelo egoísmo, ele utilizará sua inteligência e seus conhecimentos para satisfazer suas paixões e seus interesses pessoais, não se importando em prejudicar seu semelhante e até mesmo destruí-lo.

Somente quando, por meio do progresso moral, o homem dominar o orgulho e o egoísmo, ele conseguirá ampliar sua felicidade na Terra,

podendo, então, desfrutar da paz e da fraternidade.

Isso só será possível quando os homens considerarem que, como irmãos, devem-se auxiliar mutuamente e não o forte e poderoso explorar

e viver à custa do mais fraco (KARDEC, 2013b, p. 366).

Na mesma obra (cap. XVIII, it. 28, p. 369), Allan Kardec revela os caracteres daqueles que devem participar da estruturação de uma sociedade

justa e amorosa: 

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao

sentimento inato do bem e à crença espiritualista, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se

comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração (grifo nosso).

Consequentemente, a ação política dos bons é um imperativo na hora atual. O Espiritismo apresenta conceitos claros e precisos para sua

atuação.

A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver

chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens

progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, espíritos inteiramente dispostos

a acolhê-lo (KARDEC, 2013b, cap. XVIII, it. 24, p. 368).

O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas pela amplitude de suas vidas, pelas generalidades das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados (KARDEC, 2013b, cap. XVIII, it. 25, p. 368, grifo nosso).

Da análise dos conceitos expostos surge clara a estimulação do Espiritismo à participação no processo político, social, cultural, econômico,

de modo a secundar o movimento de regeneração da sociedade humana em bases de justiça e amor.

Para tal ação é imprescindível que se tome conhecimento dos princípios e normas da Doutrina Social Espírita, contida n’O livro dos

espíritos em sua Terceira Parte.

 

R e f l e x ão

1 O Espiritismo e a Política nada têm a ver um com o outro. Você concorda?

2 Qual a contribuição que o Espiritismo pode oferecer à Política?

3 Cabe ao Espiritismo promover a renovação social? Qual o seu papel?

4 Usando o conhecimento sobre a Doutrina Espírita, como você o aplica

para analisar a sociedade e suas instituições a fim de agir com mais

eficiência para o exercício da justiça e do amor?

5 Juntamente com a sua reforma íntima, você está agindo para melhorar

a sociedade? Como?

Aos homens progressistas se deparará nas ideias espíritas poderosa

alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens,

Espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo (KARDEC,

2013b, cap. XVIII, it. 24, p. 368).

 

Sexo, amor e vida.

09-08-2014 22:02

Sexo, amor e vida.

 

Os problemas sexuais que desafiam e polemizam os refolhos da compreensão humana, perduram desde os primórdios evolutivos da sociabilidade do ser vivente, impondo, porém, uma marcha lenta e, ao mesmo tempo, adequada à nossa saída do patamar dos instintos sexuais até os níveis de amor transcendental, na medida em que as suas elucidações pelas experiências vividas, nos tornem aptos a uma melhor compreensão da sua complexidade.

A energia sexual inerente a todo ser vivo, deve ser por nós compreendida e controlada, a fim de que essa energia genésica cumpra o seu papel de formadora das diversas humanidades e mantenedora do equilíbrio psíquico nas relações mútuas da reciprocidade sexual.Seria prudente analisarmos o sexo com naturalidade; sem preconceitos, falsa moral ou como algo pecaminoso. Entender a atração sexual mal dirigida no passado, com a poligamia fazendo parte das experiências regenerativas e culminando no presente, com a monogamia que visa pela sua condição disciplinadora, a preparação da família como escola primeira das coletividades humanas. Não seria, pelo contrário, prudente a ação irrefletida pelo mal direcionado, nos dias atuais, do amor livre irresponsável sem a lealdade salutar a ambas as partes podendo, por aquela ação, acarretar desequilíbrios comprometedores para o indivíduo e consequentemente, retardar o seu progresso espiritual. O Espiritismo, desmistificando os tabus existentes, não condena os que atravessam as lições dolorosas do sexo. Baseando-se nas palavras do Mestre no grande exemplo da ‘mulher adúltera’, orienta no sentido de que saibamos dosar as nossas energias, sem censuras ou condenações e sim, com respeito e amor ao próximo. Sobre este assunto tão atual, concluímos com insigne espírito Emmanuel (psicografia de Chico Xavier):

“Não proibição, mas educação”.

Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e as si mesmo,

Não indisciplina livre, mas responsabilidade.

Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender com a experiência.

Sem isso, será enganar-nos, lutar sem preconceito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.”

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Cristovam Frota  (CELDE)

JOÃO O BATISTA

14-05-2014 18:53

JOÃO O BATISTA

 

 

A debilidade da fé humana tem nuanças que, apesar do caminho já percorrido nesta estrada abstrata da maturidade espiritual, ainda concorrem para que o culto de exterioridades e os rituais dos tempos do paganismo continuem enraizados no nosso mundo. Isto talvez explique as interpretações de interesses religiosos exclusivistas e os desvirtuamentos que os dogmas (dos homens) da igreja nos legaram.

 

No caso do Batismo, por exemplo, quando João – filho de Zacarias – percebeu, naqueles dias, que a prática cruenta da circuncisão, decretada por Moisés, não constituía mais uma das preocupações de higiene daquele povo, tentou aquele, com dificuldades, demolir os judeus daquela prática, visto que as moléstias que assolaram as regiões da Palestina até o Egito (esse motivo da circuncisão mosaica), tinham, então, sido amainadas.

 

O precursor do Cristo, utilizando-se do artifício de substituir um grande mal por um menor, empregou, entre os judeus, o simbolismo utilizado pelos sacerdotes “Baptas”- daí o nome de João ter se tornado conhecido por Batista – aqueles sacerdotes de Cotito, na Grécia antiga, que se banhavam, por imersão, antes das cerimônias religiosas para a purificação.

 

Iniciando João – o batista – aquele símbolo para a “remissão dos pecados”, não era compreendido pelos fariseus e saduceus, a exemplo dos religiosos atuais, que queriam (hoje ainda querem) o sinal exterior. Respondendo, por isso, aos sacerdotes e levitas sobre a virtude do batismo com água, diz simplesmente: “Eu, na verdade, vos batizo com água para o arrependimento; mas aquele que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e não sou digno de lavar-lhe as sandálias; Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.

 

A partir daquele encontro no Jordão, estaria eliminada a necessidade do batismo com água e preconizado o batismo com “fogo” que viria, no futuro, “destruir” os dogmas e cultos exteriores, que se tornaram árvores infrutíferas como dizia Cairbar Schutel – eliminando com o calor racional a descrença e o materialismo. E, finalmente, precisaríamos do Batismo com o Espírito Santo que nos conduzirá a comunhão com o Mais Alto, no verdadeiro batismo de Jesus.

 

Se as igrejas afirmam que o batismo é para limpar a mancha do pecado original, teria o Cristo alguma mancha que justificasse o batismo com água?

E, se, finalizando, ainda dizem que o sacrifício de Jesus no Gólgota teve o poder de resgatar os pecados dos homens. Por que, então, ainda os batizam nos dias atuais?

Amigos leitores: o ritual e o formalismo, a razão, um dia, haverá de destruí-los em nome da Luz Divina.

 

Cristovam Frota

Queremos paz?

05-04-2012 17:50

 

QUEREMOS PAZ?

 

Falar de paz está se tornando uma necessidade vital, no atual estágio da vida humana. Espírito eterno, porém, perfectível, o ser pensante anseia a felicidade que teima em não aparecer aos seus olhos materializados, ansiosos de um vislumbre miraculoso que possa aquietar suas sensações imediatistas. Muitas vezes percebe a necessidade de volver o olhar para o Mais Alto, possibilitando, com isso, a visão de uma perspectiva sublime, advinda daquela ambiência, que o contemple nos seus anseios mais verdadeiros.Mister se faz, é verdade, viver sem misticismos, com o pé no chão, procurando suprir a necessidade e o bem estar do seu meio social.  Atento a isto, que se faça valer para os outros o que se espera valer para si, utilizando-se da liberdade em função de uma aplicação mais justa do seu livre-arbítrio e, entendendo os limites disciplinadores como benefícios ao seu próprio crescimento. Cultivar a paz no meio familiar para que, a partir desta célula primaz da sociedade, os seus componentes se sintam inclinados à convivência fraterna. Daí o abrandamento dos costumes, das atitudes e das leis humanas que colocará o indivíduo em condição de convivência pacífica com seus semelhantes.Então, quando o egoísmo for superado pelo seu bom proceder, o homem se cansará de agressões e perseguições; homicídios e suicídios; infanticídios e parricídios; e, enfim, de todo tipo de comprometimento com o próximo e com a Lei Divina.

Que as nossas vibrações, consubstanciadas em bons pensamentos, possam ser endereçadas aos líderes das nações em conflitos, necessitados de uma renovação mental que os direcionem ao entendimento fraterno.

 

 Cristovam Frota

  Centro Espírita Léon Denis

Apocalipse, agora?

21-11-2011 18:35

 

Apocalipse, agora?

Nos últimos tempos temos observado a intensidade dos conflitos armados, tendência bárbara que a todos nós, habitantes terrenos, preocupa e entristece. As grandes guerras do século XX (1ª e 2ª Guerra Mundial) já nos mostraram as suas terríveis conseqüências, e, como se não bastassem, os homens insistem em cultivá-las, por ambição, egoísmo e interesses os mais diversos, para não dizer escusos. A mente humana (espírito ainda imperfeito), muitas vezes, procura uma justificativa para este comportamento belicoso e primitivo, tentando atribuí-los como sendo de ordem divina, são as chamadas “Guerras Santas” muito comuns na Idade Média e ressuscitadas neste século no Oriente Médio.

Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” formula, entre outras, aos amigos espirituais, as seguintes perguntas sobre guerras:

“742 – Que é o que impede no homem a guerra?”.

R – “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbárie, os povos um só direito conhecem o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária”.

“743 – Da face da terra, algum dia, a guerra desaparecerá?”

R – “Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos”.

O Espiritismo vem nos mostrar, através do estudo científico, da reflexão filosófica e da interpretação do Evangelho de Jesus, em sua forma mais racional, que a humanidade caminha para uma mudança de nível evolutivo, mas, que nós somos os co-artífices desta transição, podendo ser: acelerada ou retardada, mais branda ou mais dolorosa, a depender dos nossos esforços em prol da liberdade, da igualdade e da fraternidade entre os povos (todos filhos do mesmo Pai) objetivando a paz verdadeira e duradoura para a nossa morada, escola abençoada que Deus concedeu aos nossos espíritos.Seria então, este período conturbado que hora atravessamos, o fim dos tempos que o vidente de Patmos nos descreveu no seu Apocalipse? Sim, diremos, mas não o fim do mundo (Terra) e sim a transição para uma nova fase que haveremos de conseguir superar.           

Orando e vigiando, conforme o Cristo nos asseverou, tendo em vista a ressurreição espiritual da Humanidade; cultivemos a nossa Paz.

Cristovam Frota
Centro Espírita Léon Denis

Forças Ocultas

20-06-2011 11:10

 Forças Ocultas

 
O fato de estarmos em plena era da informática, recebendo os benefícios inestimáveis da microeletrônica, em múltiplas atividades do cotidiano, não nos credencia à compreensão ampla da nossa existência no binômio corpo-alma, sacramentada pela razão, como sendo a nossa constituição cósmica comandada pelo eu pensante – o espírito eterno. A era do espírito e das realidades anímicas precisam ser desenvolvidas para que o pensador moderno sinta a necessidade do apoio extrafísico na elucidação dos fenômenos que tanto interferem no nosso derredor.
 
Pelo fato, também, de existirem os mais variados graus evolutivos entre as criaturas, se tornam fácil compreender as naturezas boas ou más existentes nos indivíduos. Naturezas estas que atrairão, por sua vez, ao seu convívio, energias espirituais equivalentes ao seu padrão vibratório, ou seja, de conformidade com suas irradiações mentais positivas ou negativas. As forças magnéticas são uma realidade encontrada em diversas pessoas que, muitas vezes, também, são dirigidas pelos espíritos, dando-nos a idéia dos poderes ocultos quando, na verdade, a falta do conhecimento em Magnetismo e Espiritismo torna estes fatos aparentemente sobrenaturais e fantásticos, o que na realidade é uma coisa natural e que o estudo, destas duas ciências, esclarecerá. Como entender as curas processadas pelo simples contato de alguns magnetizadores ou médiuns (espíritas ou não)? E, os processos obsessivos ocasionados por estes ou aqueles espíritos levando a muitos estados de demência e loucura? Essas influências que uma boa parcela de nossa população sente, reflete na alma humana levando alguns supersticiosos a procurarem defesas contra essas ações desequilibrantes vindas do plano espiritual inferior. Acredita-se, então, em talismãs, preces especiais ou fórmulas cabalísticas tão utilizadas pelos médiuns de má fé – os falsos profetas – a fim de enganarem os mais crédulos, pois que, na verdade, os espíritos bons ou maus são atraídos pelos nossos pensamentos, não pelos objetos, estes acessórios dispensáveis.
 
Precisamos de uma reciclagem cristã em nossos pensamentos e atos, individuais e coletivos, evitando que as forças ocultas do poder, da ganância e dos crimes contra os indefesos e abandonados da vida não sejam motivo de nossos males futuros, pois, tenhamos em mente, nós só colheremos aquilo que plantarmos.
 
 
 

Cristovam Frota

Centro Espírita Léon Denis

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