Apocalipse, agora?
Apocalipse, agora?
Nos últimos tempos temos observado a intensidade dos conflitos armados, tendência bárbara que a todos nós, habitantes terrenos, preocupa e entristece. As grandes guerras do século XX (1ª e 2ª Guerra Mundial) já nos mostraram as suas terríveis conseqüências, e, como se não bastassem, os homens insistem em cultivá-las, por ambição, egoísmo e interesses os mais diversos, para não dizer escusos. A mente humana (espírito ainda imperfeito), muitas vezes, procura uma justificativa para este comportamento belicoso e primitivo, tentando atribuí-los como sendo de ordem divina, são as chamadas “Guerras Santas” muito comuns na Idade Média e ressuscitadas neste século no Oriente Médio.
Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” formula, entre outras, aos amigos espirituais, as seguintes perguntas sobre guerras:
“742 – Que é o que impede no homem a guerra?”.
R – “Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbárie, os povos um só direito conhecem o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é estado normal. À medida que o homem progride, menos freqüente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária”.
“743 – Da face da terra, algum dia, a guerra desaparecerá?”
R – “Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos”.
O Espiritismo vem nos mostrar, através do estudo científico, da reflexão filosófica e da interpretação do Evangelho de Jesus, em sua forma mais racional, que a humanidade caminha para uma mudança de nível evolutivo, mas, que nós somos os co-artífices desta transição, podendo ser: acelerada ou retardada, mais branda ou mais dolorosa, a depender dos nossos esforços em prol da liberdade, da igualdade e da fraternidade entre os povos (todos filhos do mesmo Pai) objetivando a paz verdadeira e duradoura para a nossa morada, escola abençoada que Deus concedeu aos nossos espíritos.Seria então, este período conturbado que hora atravessamos, o fim dos tempos que o vidente de Patmos nos descreveu no seu Apocalipse? Sim, diremos, mas não o fim do mundo (Terra) e sim a transição para uma nova fase que haveremos de conseguir superar.
Orando e vigiando, conforme o Cristo nos asseverou, tendo em vista a ressurreição espiritual da Humanidade; cultivemos a nossa Paz.
Cristovam Frota
Centro Espírita Léon Denis