Sexo, amor e vida.
Sexo, amor e vida.
Os problemas sexuais que desafiam e polemizam os refolhos da compreensão humana, perduram desde os primórdios evolutivos da sociabilidade do ser vivente, impondo, porém, uma marcha lenta e, ao mesmo tempo, adequada à nossa saída do patamar dos instintos sexuais até os níveis de amor transcendental, na medida em que as suas elucidações pelas experiências vividas, nos tornem aptos a uma melhor compreensão da sua complexidade.
A energia sexual inerente a todo ser vivo, deve ser por nós compreendida e controlada, a fim de que essa energia genésica cumpra o seu papel de formadora das diversas humanidades e mantenedora do equilíbrio psíquico nas relações mútuas da reciprocidade sexual.Seria prudente analisarmos o sexo com naturalidade; sem preconceitos, falsa moral ou como algo pecaminoso. Entender a atração sexual mal dirigida no passado, com a poligamia fazendo parte das experiências regenerativas e culminando no presente, com a monogamia que visa pela sua condição disciplinadora, a preparação da família como escola primeira das coletividades humanas. Não seria, pelo contrário, prudente a ação irrefletida pelo mal direcionado, nos dias atuais, do amor livre irresponsável sem a lealdade salutar a ambas as partes podendo, por aquela ação, acarretar desequilíbrios comprometedores para o indivíduo e consequentemente, retardar o seu progresso espiritual. O Espiritismo, desmistificando os tabus existentes, não condena os que atravessam as lições dolorosas do sexo. Baseando-se nas palavras do Mestre no grande exemplo da ‘mulher adúltera’, orienta no sentido de que saibamos dosar as nossas energias, sem censuras ou condenações e sim, com respeito e amor ao próximo. Sobre este assunto tão atual, concluímos com insigne espírito Emmanuel (psicografia de Chico Xavier):
“Não proibição, mas educação”.
Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e as si mesmo,
Não indisciplina livre, mas responsabilidade.
Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender com a experiência.
Sem isso, será enganar-nos, lutar sem preconceito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.”
.
Cristovam Frota (CELDE)